Dica 24: o gosto - do refinado ao popular

Cara, como entender uma pessoa que é capaz de gostar de coisas tão distintas, mas não ser, verdadeiramente, daquelas pessoas que gostam de tudo? Não dá para entender. Um capricorniano não entende o gosto de outro capricorniano. Como entender como pessoas interessantes, inteligentes, refinadas, verdadeiramente admiráveis podem gostar de algo que, muitas vezes, consideramos bobo (na falta de palavra que defina melhor minha opinião)? Mas sabemos o que há por trás desses gostos estranhos. Em essência, todos nós cabritos, somos iguais: gostamos de algo quando algum aspecto relacionado ao mesmo nos comove de alguma forma. Exemplo? Eu sou um tremendo chato em termos musicais. Não gosto de letras melosas. Não gosto de bandas que se assemelhem a anteriores, mesmo que elas sejam melhores (porque me soa como plágio e falta de criatividade). Ainda assim, músicas completamente bregas da década de 80 me são muito queridas. Por quê? Porque eu fui adolescente na década de 80 e certas músicas me fazem voltar a um tempo que foi muito divertido! Sim, eu sei que são bregas, mas eu gosto delas. Então, o que pode parecer uma tremenda contradição, vinda de uma pessoa tão racional, também tem sua lógica. Logo, se o seu amigo cabrito também mostrar esses traços estranhos em relação aos gostos pessoais dele, não o confronte, ele tem os motivos dele e não fará concessões. Ele pode, como eu, adorar certas coisas bem populares, como futebol, e ainda assim detestar forró. E pode ser um torcedor do Flamengo ou do Corinthians que vai aos estádios torcer pelo seu time, e ainda assim não recusar um convite para uma noite de queijos e vinhos. Se serve de consolo, apesar de sermos tão peculiares quanto aos nossos gostos, pelo menos eles não mudam de uma hora para outra! É fácil saber do que gostamos ou do que não gostamos, a partir do momento em que dissermos para vocês. Basta perguntar.